14.2.06

Ainda o antigo Conservatório

No post abaixo intitulado #Memória – Emissão 1, afirmo que o edifício do antigo Conservatório Regional de Ponta Delgada se encontra encerrado, porque é assim que o tenho encontrado sempre que por lá passo e foram muitas as vezes desde Maio de 2005 na busca de informação para o suplemento SARL, já lá vão 39 semanas.
Dizem-me na caixa de comentários que algumas associações se encontram lá instaladas.
Não lhes tenho notado qualquer actividade.
Certo é, parece-me ser opinião geral, que a ideia de ali instalar a “ Casa da Vida Associativa”, apesar de óptima - daí o meu interessado acompanhamento da sua evolução – não funcionou.
Um ano é mais do que suficiente para o perceber.
Visto que estão assumidas pela Direcção Regional da Cultura as despesas com o consumo de água, electricidade e conservação do edifício, permitam-me que lance uma ou duas ideias para uma melhor utilização e dinamização daquele espaço.

1- Como dinamizador do teatro amador
São conhecidas as carências de espaços que possibilitem o desenvolvimento do teatro amador em S. Miguel.
Por isso a minha primeira ideia vai no sentido de transformar, pelo menos um dos pisos, num espaço comum a disponibilizar para companhias de teatro amador, com todas as valências necessárias ao ensaio e a iniciativas que se enquadrem nos princípios de formação.
As recentes acções de formação levadas a cabo pelo Teatro Micaelense demonstram o crescente interesse da população micaelense por esta área.

2 – Como dinamizador da criação audiovisual
Tem sido noticia nos orgãos de comunicação social a transferência do equipamento audiovisual do Cate para uma ou duas escolas de Ponta Delgada. Embora tenha fortes argumentos para a transferência deste equipamento para uma das escolas mencionadas, defendo, nesta segunda ideia, que este equipamento juntamente com os técnicos afectos ao Cate, poderia vir a ser instalado neste edifício de forma a possibilitar acções de formação e workshops, abertos a toda a comunidade, que potenciem o desenvolvimento de obras – ficção, documentário, animação – num sector que poderia assumir particular relevância com posição de charneira entre a cultura e a comunicação bem como na afirmação da cultura açoriana.

3 – Em conjunto com uma ou até com as duas ideias acima, usufruindo da centralidade e do fluxo turístico da zona, efective-se de vez o “interposto cultural” para distribuição de informação e venda de material cultural.