26.4.06

26.04.2006












Governo quer instalar um Centro Regional de Expressões Contemporâneas na cidade da Ribeira Grande


O presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, anunciou esta tarde, em Ponta Delgada, que o seu executivo está a planear a criação de um Centro Regional de Expressões Contemporâneas na cidade da Ribeira Grande, um novo espaço expositivo de arte que ficará sob a tutela do Museu Carlos Machado, de Ponta Delgada.

Falando aos jornalistas no final de uma visita de trabalho que efectuou ao museu micaelense, o presidente do Governo precisou que decorrem há alguns meses negociações com os proprietários da antiga fábrica de tabaco situada à entrada daquela cidade da costa Norte da ilha de S. Miguel, com vista à respectiva aquisição e dos terrenos anexos, para instalação da nova infra-estrutura da área da Cultura. Carlos César anunciou, ainda, que o Governo já tem reservadas verbas para este investimento, que será maioritariamente financiado pelo próximo Quadro Comunitário de Apoio (QCA).

O presidente referiu, por outro lado, que o executivo tem entre mãos, neste momento, um vasto conjunto de investimentos para este sector, que na orgânica do IX Governo Regional passou para a sua dependência directa, atingindo dezenas de milhões de euros.

De entre essas obras e intervenções, destacou, entre outros, o Museu da Horta (conservação do edifício e consolidação da cobertura), a nova Biblioteca Pública e Arquivo Regional da Horta (investimento de cerca de cinco milhões de euros, que estará concluído no 1.º trimestre de 2008), o Museu da República (antiga casa de Manuel de Arriaga, na cidade da Horta, a iniciar em 2007), a Biblioteca Municipal de Santa Cruz das Flores (Casa Pimentel Mesquita, com concurso a ser lançado em Setembro, para uma empreitada de 500 mil euros), a antiga Fábrica da Baleia do Boqueirão, também em Santa Cruz das Flores, que considerou “um dos exemplares mais significativos e preciosos da indústria baleeira açoriana”, a ampliação do Museu dos Baleeiros das Lajes do Pico (investimento entre 1,1 e 1,4 milhões de euros a iniciar no próximo QCA), o novo edifício da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo (investimento de oito milhões de euros, sem contar com os equipamentos, a financiar pelo próximo QCA) e a “Morada da Escrita”, a concluir em breve na Casa Armando Cortes Rodrigues, um projecto que atingiu os 5,4 milhões de euros.

O chefe do executivo salientou, ainda, que após o acordo manifestado recentemente pelo Ministério da Defesa, está já a ser preparada a instalação da colecção militar do Museu de Angra no antigo hospital militar da Boa Nova, na cidade património mundial, e que, relativamente à reconstrução do património religioso afectado pelo sismo de 1998, nas ilhas Faial, Pico e São Jorge, os financiamentos públicos, concedidos à Diocese através de um protocolo celebrado para o efeito, já atingiram os 7,2 milhões de euros.

Por outro lado, Carlos César sublinhou que o próprio Museu Carlos Machado vai ser alvo de importantes obras de conservação e adaptação, destacando-se no imediato as empreitadas de restauro e conservação de coberturas e madeiras e de recuperação de janelas e portas exteriores. Depois, numa fase posterior, o Convento de Santo André, onde está instalado o Museu Carlos Machado, vai sofrer uma intervenção de fundo para melhor adaptação a espaço museológico, o que poderá obrigar ao encerramento temporário de algumas das alas de exposição.

Já no próximo mês de Maio, anunciou, também, Carlos César, será inaugurado o Núcleo de Arte Sacra, que ficará instalado na Igreja do Colégio.

GACS/JSF